domingo, 18 de dezembro de 2016

Na nossa mesa: Cogumelos Recheados

Por cá o almoço suscitava dúvidas. Eu tinha uma alternativa, caso ele, pela primeira vez, virasse a cara. Mas foi comido a cantar e a dar aos pezinhos de felicidade. Ainda não foi desta que descobrimos algo de que ele não goste. Os cogumelos dos papás foram recheados com farinheira e espinafres. O dele fiz assim:

✔ limpei os cogumelos portobello muito bem com papel absorvente. Reza a lenda que não se devem lavar, pois absorvem a água, o que os vai deixar com uma textura muito molenga.
✔Retirei o pé e o interior dos cogumelos e piquei.
✔ num fio de azeite salteei o pé e a "carne" interior do cogumelo.
✔ adicionei meia cougette aos cubos, 2 colheres de sopa de espinafres picadinhos e 3 tomates cherry e deixei cozinhar 5 minutinhos,
✔ juntei 1 colher de chá de queijo creme, para ligar o recheio,
✔ recheei os cogumelos, cobri com queijo mozzarella ralado e levei ao forno a gratinar.



Comeu a sopa a apontar para o segundo prato. Comeu a rir-se o tempo inteiro. Acho que gostou! 😂


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A casa não chora!

Ando mais ausente da página e do blog. A vida é sempre assim, não é constante, e quem tem filhos pequenos sabe isto melhor que ninguém. O bebé hoje fica ali quieto e amanhã já rebola. Hoje gatinha e amanhã anda. Hoje é uma fofurinha que anda ao sabor das nossas vontades e amanhã chora porque não quer tomar banho. É assim a vida, muda, e é aceitar e adaptar ou ir à loucura a tentar resistir.

As coisas mudaram um pouco cá por casa. O meu horário de amamentação mudou forçosamente por incompatibilidade com o serviço, e passei a acumular as duas horas de manhã, em vez de sair as duas horas mais cedo. Imaginei eu, triste mulher iludida, que acumular as duas horas (em oposição à outra opção que seria 1 hora de manhã e outra de tarde) iria render muito mais! Na verdade, ainda considero que renda mais, só tenho que melhorar a minha capacidade de selecção das coisas que pretendo fazer de manhã, em vez de acreditar que vou conseguir fazer tudo. É aqui que reside a minha fraqueza: querer fazer tudo!

Neste momento só temos um carro, o que implica que acordo à mesma hora, levo o Dinis à creche e o Pedro à estação, e só aqui perco cerca de 30 minutos. Vou para casa, tomo o pequeno almoço, e depois começam os problemas! Eu quero cozinhar e deixar a cozinha arrumada, limpar o chão, pôr roupa a lavar, limpar o wc, fazer as camas, arrumar roupa, levar o cão à rua, vestir-me e pôr um ar decente em 1h30, tudo enquanto bebo graciosa e tranquilamente um balde de café. Não é fácil e, especialmente, não é possível! É, basicamente, uma receita para o desastre e para a frustração. 

Eu não sou uma pessoa organizada, apesar de fingir bem. Sou a pessoa que começa 6 coisas ao mesmo tempo, vai deixando o rasto espalhado, e quando olho à volta e vejo tudo inacabado, sou incapaz de me controlar - basicamente perco ainda mais tempo a hiperventilar por 10 minutos a decidir se e por onde vou começar a resolver a trapalhada ou se vou antes pegar fogo a tudo. E entretanto tiro mais um café, porque tem mesmo que ser e este é o que definitivamente me vai ajudar a fazer esta bosta toda! 

E isto é só a manhã! Depois vem a tarde. Costumava conseguir orientar algumas coisas à tarde antes de o ir buscar, nomeadamente as compras. A primeira vez que fui buscar o Dinis à creche depois das 17h, tinha tido uma consulta, e fiz o caminho para lá quase em lágrimas. Sou uma maricas, querem o quê? Agora que chego à estação por volta das 17h20, é impensável fazer seja o que for, que não seja pôr o turbo e voar para a creche.

E depois as noites... ai, as noites!!

Estamos a passar uma fase má. O Dinis sempre dormiu bem, com algumas excepções. Doenças, dentes, picos de crescimento e outras coisas pontuais. Era tiro e queda, ia para a cama às 21h e era até ao dia seguinte. Mas ultimamente, acorda 3 a 4 vezes por noite. Chora imenso, uma lamuria sem fim, chama "MAMÃAAAAAAAA" desesperadamente!! A maior parte das vezes vou lá, dou-lhe um beijinho, ajeito-o na cama com o doudou e volta a adormecer. Outras vezes, tenho que dar colinho até se acalmar. Pelas minhas contas temos toda uma série de factores fofinhos a funcionar: pico de crescimento e de desenvolvimento (evolução da fala) e dentes a nascer. Que coincidência de sorte, han?

No meio disto tudo, o cansaço e a desorientação instalaram-se. Andamos cansados, baralhados, irritadiços. Andamos lentos e a tentar encontrar o equilíbrio. No meio disto tudo, olho tantos anos para trás e vejo a minha mãe. Vejo-a desesperada a tentar ter tudo feito, vejo o que eu chamava de "Síndrome de Relatório". Vocês sabem qual é, aquele momento em que acordavam às 11h de sábado e a vossa mãe andava de mangas arregaçadas, a dizer "já fui ao mercado, fiz o almoço, limpei a casa de banho, lavei o carro, bla bla bla bla" - porque a meio da frase ela começava a soar igualzinha à professora do Charlie Brown. E eu encolhia os ombros e revirava os olhos em conjunto com a minha irmã, sem perceber o drama.

Minha querida mãe, se eu soubesse o que sei hoje! As mães são super-heroínas sem capa, com super poderes invisíveis que salvam o dia à família, e que ninguém percebe como. Correm, voam, para o pão ser fresco, para a sopa estar feita, a roupa passada na gaveta, a casa limpa. Fazem tudo não porque têm que fazer, mas porque querem. Porque desejam fervorosamente que esteja tudo bem e que nada falte aqueles que mais amam. E no fim do dia, deitam-se com sentimento de culpa, porque acham que deviam ter passado mais tempo de qualidade com o bebé.

Desde que o Dinis nasceu que eu sinto que no meio do choque inicial, das borboletas, dos sorrisos, do colo, da felicidade, do pânico, e do amor incondicional, ser mãe é uma constante luta interior entre a culpa e a necessidade de perfeição. Quanto maiores as expectativas que pões para ti mesma, mais frustrada e culpada te sentes! E a vizinha tem sempre a casa limpa e cheirosa, a tua amiga tem as unhas e as sobrancelhas arranjadas, a outra amiga nunca tem pilhas de roupa por passar na sala, quando a visitas. Nas redes sociais as mães são perfeitas, vestem roupas muito modernas, têm o baton a combinar com o verniz, as casas são todas em tons pastel e os miúdos nunca têm ranho.

Pois bem. Eu não sou perfeita, e a minha vida tem dias de caos muito semelhante ao eixo norte-sul, em hora de ponta num dia de chuva. Por acaso, pelo meio, sou mãe de um bebé de 16 meses.

Hoje, em conversa com uma amiga, ela disse a frase perfeita, que encaixou como uma luva no que eu estava a sentir: "Não quero saber da casa. A casa não chora!"

Hoje vou-me sentar a brincar com carrinhos. E vou adormecer feliz.






sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Bebida de Aveia e Queques de Maçã e Canela

Esta foi uma semana particularmente difícil cá por casa. Tive que enfrentar um trauma antigo de adolescência e ir ao dentista (quando tinha 18 anos desvitalizaram-me um dente sem anestesia). Acabei 3 horas de boca aberta, a ter que extrair um dente, que demorou mais tempo a sair que o Dinis no dia do parto, o sacana. O dente, não o Dinis.

Fiquei completamente imprópria para consumo, e nem fui trabalhar no dia seguinte. Felizmente tenho o hábito de ao fim de semana preparar algumas coisas para facilitar a vida durante a semana, e este não foi excepção.

Como já disse aqui, desde que fui mãe deixei de consumir leite de vaca (apesar de consumir derivados). Na maior parte dos dias nem sinto falta, e acabo por beber café preto simples - ainda bem que as vacas não dão café. Mas nas alturas em que me apetece mais qualquer coisa, preparo as bebidas vegetais em casa. Foi assim que esta semana, saiu uma bebida vegetal de aveia, e uns queques de maçã e canela para aproveitar a respectiva "polpa" de aveia que sobra.

Para a bebida de aveia vão precisar de:
  • 100g de flocos de aveia
  • 1.4L de água
  • 1 tâmara
  • essência de baunilha q.b.
Fiz assim:
  • Coloquei a aveia e a tâmara a demolhar em 400ml de água, durante 3 horas. Após esse tempo, escorri bem a água,
  • Coloquei a aveia e a tâmara no robot de cozinha, juntamente com 1 litro de água e umas gotas de essência de baunilha e triturei na velocidade máxima durante 3 minutos
  • Coei para uma garrafa de vidro.


Logo de seguida, fiz os queques de maçã e canela. Vão precisar de:

  • Polpa de aveia demolhada que ficou no coador
  • 1 chávenas de farinha de trigo
  • 1 chávena de farinha de trigo integral
  • 2 maças raladas
  • 2 ovos
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa bem cheias de geleia de arroz 
  • Canela qb
  • 1 colher de sopa de fermento
Fiz assim:
  • Bati os ingredientes todos no robot de cozinha, excepto o fermento
  • Formada a massa, adicionei o fermento e voltei a misturar
  • Coloquei em formas de queques e levei ao forno pré-aquecido a 180graus, durante 15 minutos.


Como a massa deu para bastantes bolinhos, congelei alguns em saquinhos. Assim, se numa semana estiver enrascada com os lanches da creche, é só tirar na véspera e seguir!



Bons cozinhados!


sábado, 3 de dezembro de 2016

Na nossa mesa: Bolinhos de Peixe

No fim de semana passado, pus o forno a bombar, e despachei refeições para uns dias. Fiz um rolo de carne de peru e um peixinho assado que ficou maravilhoso. 




No entanto, tanta comida para duas pessoas e um minion foi coisa para durar. E durou, durou, durou. Até que no fim, sobrou apenas a enorme cauda do peixe. Como não sou rapariga de deitar nada fora, e "Aproveitamento" é o meu nome do meio, comecei logo a magicar uma forma de fazer aquela cauda render para nós os 3. E assim nasceram estes bolinhos de peixe, que ficaram deliciosos!

Vão precisar de:

  • Sobras de peixe (usei red fish e não pesei a quantidade, mas vou colocar uma foto para poderem tentar adivinhar ahah) 
  • 1 batata doce
  • Brocolos a gosto
  • 1 ovo
  • 4 colheres de sopa de amido de milho
  • Temperos a gosto (usei sal e oregãos)
  • Farinha de linhaça ou pão ralado
Fiz assim:

  • Cozi uma batata doce e um molho de brócolos
  • No robot de cozinha (podem usar um liquificador ou a varinha mágica) coloquei o peixe, a batata doce e os brócolos e triturei


  • Adicionei o ovo, os temperos, o amido de milho, misturei e coloquei uma hora no frigorífico
  • Com as mãos, moldei os bolinhos, passei por farinha de linhaça (podem usar pão ralado) e fritei num fio de azeite. 


Avaliação: o homem está ansioso que sobre peixe assado outra vez! :)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Na nossa mesa: Bolo Engana Maridos

Há muito tempo que queria fazer um bolo para os lanches de todos cá de casa, e que cumprisse as (minhas) regras para ir na lancheira do Dinis para a creche. Entretanto, num belo dia, várias condições se reuniram para que este bolinho maravilha saísse do forno cá de casa. Num rupo de culinária a que pertenço no facebook,  apareciam constantemente fotos de bolos desta receita  - o Bolo de Chocolate que Sai Sempre Bem. Eu tinha cá por casa farinha de alfarroba a terminar a validade, e já andava a utilizar em tudo, bolachas, panquecas, bolos de caneca. E por fim, tinha comprado no Celeiro a geleia de arroz de que falei no ultimo post, e que queria muito testar!

Assim nasceu o Bolo Engana Maridos, que foi assim baptizado porque consegui enganar o Pedro, que acreditou que era de chocolate! Homens.

Vão precisar de:


  • 1 chávena (de 250ml) de farinha de trigo 
  • 1 chávena de farinha de trigo integral
  • 1 chávena de farinha de alfarroba
  • 4 ovos
  • 250 ml de leite
  • 125ml de azeite
  • 4 colheres de sopa bem cheias de geleia de arroz
  • 1 colher de chá de fermento para bolos
Fiz assim:

  • Misturei os ingredientes secos (excepto o fermento)



  • De seguida, juntar os 4 ovos e bater





  • Adicionar o leite e o azeite e mexer muito bem, até formar uma massa de bolo uniforme
  • Adicionar à massa a geleira de arroz e o fermento. Bater bastante a massa para o bolo ficar fofinho - dica da minha avó pasteleira!

  • Colocar a massa numa forma untada (eu coloco em forma de silicone porque sou um desastre a untar formas - desculpa avó! - e levar ao forno pré-aquecido a 180º por 45 minutos (depende do forno. Façam o teste do palito!)


Aí está ele, o Bolo Engana Maridos! É um bolo fofo e pouco doce. Se estiverem com muita vontade de pecar, juntem pedaços de chocolate na massa do bolo, ou nozes, acho que ficaria muito bem. Eu não juntei nada, porque pretendo enviar este bolo na lancheira do Dinis. E vai na minha também!




 


terça-feira, 29 de novembro de 2016

Na lancheira do Dinis: Bolachas de amêndoa e limão

Não sou particularmente fã de coisas com sabor a limão. Não gosto das tartes de limão merengadas que a maioria das pessoas adora e  iogurtes ou gelados de limão não são a minha praia. No entanto, tenho tentado não limitar a introdução alimentar do Dinis apenas às coisas de que gosto, e já comecei a gostar de coisas a que não achava piada, precisamente por preparar para ele e comer também, como é o caso do alho francês.

Tinha pensado fazer estas bolachas com aroma a laranja. Mas fui às compras, tive uma crise de amnésia e as laranjas ficaram na bancada do supermercado. Olhei para os limões na fruteira, encolhi os ombros e resignei-me. Para adoçar, usei geleia de arroz. A geleia de arroz é um adoçante natural, obtido a partir do grão de arroz, através de um processo enzimático. A que usei é da marca Próvida, e encontram no Celeiro. Tem, na minha opinião, uma consistência e sabor muito semelhantes aos do mel.

O resultado foram estas bolachinhas super cheirosas e aromáticas, que o Dinis tem devorado esta semana!

Vão precisar de:

  • 100g de miolo de amêndoa (ou farinha de amêndoa, para ser chique)
  • 80g de farinha de trigo integral
  • 3 colheres de sopa de geleia de arroz 
  • 1 ovo
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • raspa de um limão
  • 2 colheres de sopa de sumo de limão



Fiz assim:

  • Misturei os ingredientes secos,
  • Juntei o sumo e a raspa de limão,
  • Adicionei a geleia de arroz e o azeite e misturei muito bem até formar uma massa homogénea,
  • Com as mãos húmidas, fiz bolinhas de massa, que coloquei num tabuleiro forrado com papel vegetal, e espalmei com os dedos até obter o formato de bolacha,
  • Levei ao forno pré-aquecido a 180º por aproximadamente 15/20 minutos.

Como já disse anteriormente, estas bolachas são simples, caseiras, sem conservantes, portanto é normal que ao fim de 3 dias estejam mais moles. Se guardarem num frasco com tampa hermética ajuda a manterem a textura durante mais tempo.





Bons cozinhados!

sábado, 26 de novembro de 2016

Na nossa mesa: Arroz de Peixe

Quando vamos almoçar a casa dos avós ao domingo, trazemos sempre uma caixinha com comida para casa. E, normalmente, a avó faz uma comida de forno, porque somos muitos, e o que importa é algo prático e fácil para passarmos mais tempo a conviver, e menos tempo a cozinhar. Por estes dias, trouxemos uma caixa a transbordar de carne de porco assada.

Andámos a comer carne assada uns dias. Depois comemos empadão de carne assada. E entretanto fiz outras coisas para o Dinis, porque ainda não come carne de porco. Foi num destes dias que tirei um lombo de pescada, e fiquei o dia todo a magicar o que fazer com ele. Resolvi fazer um arroz de peixe, de forma a render mais refeições, e que ficou tão bom e cheiroso, que me fez olhar de lado para o meu prato de empadão!

Fiz num daqueles dias em que o tempo é curto, e quando me lembrei das fotos já estava quase tudo no tacho :) 

Vão precisar de:

  • 1 lombo de pescada
  • 1 tomate pequeno maduro (ou 1/2 tomate se for grande)
  • 1 cenoura
  • 1 alho francês
  • 1/2 chávena de arroz 
  • azeite qb
  • salsa 
Fiz assim:

  • Num tachinho coloquei um fio de azeite e o alho francês em rodelas, até ficar translucido






  • De seguida, adicionei o tomate picado, e deixei cozinhar por 3 minutos







  • Adicionei a cenoura em cubos, o lombo de pescada, o arroz e água q.b.. Deixei cozinhar por 5 minutos,
  • Adicionei o arroz e mais água, e deixei cozinhar em lume baixo por 10 minutos. Fui adicionando água a olho, pois queria o arroz bem malandrinho.






  • No final, salpiquei com salsa picada!




O macaquinho adorou, e os pais invejaram-lhe bastante o jantar! Rápido, fácil, e mesmo comida de Outono. Eu usei os legumes que tinha no frigorifico, mas pode facilmente adaptar-se aos legumes que tenham!

Bons cozinhados!











terça-feira, 22 de novembro de 2016

Bolachas de Pêra e Canela

Este fim de semana foi preenchido por muitos eventos e muito amor. Almoços de família, reencontro com família que não via há muito tempo e que esteve de visita, o primeiro aniversário da princesinha da família! Assim, antes que toda a confusão e correria começassem, a minha manhã de sábado foi passada na cozinha, a adiantar a nossa semana: sopa e snacks para a creche.

Continuo na demanda de enviar alternativas para os lanches do Dinis. Continuo e continuarei nas receitas de bolachas! É prático, e dentro do género do que os outros meninos comem a meio da manhã - bolacha maria - e portanto mantém-se a paz e não se geram motins na salinha.

Tenho procurado variar os sabores, para não lhe enviar constantemente a mesma coisa, e esta semana tinha pensado em maçã e canela. Mas como aqui vamos sempre de improviso, tinha mais pêras que maças na fruteira, portanto pêra e canela pareceu-me igualmente bom!





 Vão precisar de:


  • 100g de farinha de aveia (triturei 100g de flocos de aveia no robot de cozinha)
  • 50g de farinha de trigo integral (podem usar farinha de trigo normal)
  • 2 pêras
  • 1 ovo
  • 1 colher bem cheia de manteiga de amêndoa (ou 2 colheres de sopa de azeite)
  • 3 colheres de sopa de aveia em flocos
  • canela a gosto


Fiz assim:

  • Descasquei e cortei em cubos 2 pêras bem maduras, e cozi durante 10 minutos. 

  • Escorri a água e passei com a varinha mágica até fazer um puré,
  • Misturei bem as farinhas e a canela,
  • Adicionei o puré de pêra e o ovo e mexi até formar uma massa,
  • Juntei a manteiga de amêndoa,
  • Formada a massa, adicionei os flocos de aveia e envolvi. Levei a massa ao frigorífico por 1 hora.
  • Moldei bolas com as mãos húmidas e pressionei até adquirirem o formato de bolacha. Levei ao forno por 15 minutos a 180 graus.
Ficou um cheiro maravilhoso na cozinha! A textura ficou óptima e ficaram doces q.b., uma vez que apenas têm o açúcar naturalmente presente na fruta - ai, oh pra mim, pareço um anúncio da televisão!

Estas bolachas são simples, caseiras, sem artefactos nem bruxarias, portanto é normal que ao fim de 3 dias estejam mais moles. Eu costumo guarda-las num frasco com tampa hermética, para durarem mais tempo!



Bons cozinhados!







sábado, 19 de novembro de 2016

Co-sleeping em Part-Time

Desde muito cedo que o Dinis adormece sozinho, na sua cama. No primeiro mês nós andámos às aranhas, a tentar percebe-lo, a tentar compreender o que precisava, o que resultava com ele, e após 4 semanas muito intensas, as coisas começaram a endireitar-se, para o bem do sono de todos cá em casa.

Temos, portanto, uma rotina da hora de deitar que cumprimos rigorosamente, e que resulta 90% das vezes. Ele adormece deitado na caminha, pacificamente, agarrado ao seu doudou, e quando chego à sala e pego no intercomunicador para o espreitar, a maior parte das vezes já apagou. As outras 10%, em que culpamos dentes, cólicas, cansaço e barulhos, nunca deixei o Dinis a chorar sozinho, e ele adormece rapidamente ao colo.

Eu nunca tive, portanto, a experiência do co-sleeping. Tentámos, de facto, naquele período em que tentámos tudo e um par de botas para conseguir que ele dormisse, e para nós, mas principalmente para ele, não foi solução.

Mas nos últimos tempos, as sestas em casa dos avós estavam a ficar muito difíceis! Ele chorava imenso quando o deitava, resistia ao sono no colo, e quando não fazia uma nem outra, eu tinha que ficar à porta a espreitá-lo, com medo que se mandasse da cama abaixo, uma vez que a sesta lá não é em cama de grades.

Até que um dia, não sei bem porquê, resolvi deitar-me ao lado dele, e aconteceu magia. E assim tem sido sempre, em casa dos avós. Devo dizer que dou por mim quase a ansiar esse momento. Hoje deitei-me com ele, tapei-nos aos dois, dei-lhe o doudou para a mão. Virou-se para mim, e riu-se, tão feliz por eu estar ali. Deu-me abracinhos, e ia encostando a bochecha aos meus lábios, para lhe dar beijinhos. Fez-me festas na cara, no cabelo, e adormeceu em 5 minutos, abraçado a mim, a mexer-me na orelha. E eu senti-me quase a rebentar de amor! É bom demais! Especialmente porque parece ser uma coisa de "casa dos avós": em casa à noite, rotina da praxe, soninho da praxe.

Ele agora já dorme, desde as 21h. E eu fico à espera de mais um almoço de família! 💙

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Na nossa mesa: Legumes estufados com ovos escalfados

O frio a sério chegou, e trouxe com ele o primeiro resfriado deste ano. Depois de uma noite mal dormida, febre, muita tosse e mal estar, ele estava exausto e eu também. Queria cozinhar algo fácil, rápido e  reconfortante, aquelas comidas que fazem a alma bater palminhas só com o cheiro. Resolvi então fazer um estufadinho de legumes com ovo, que ficou maravilhoso e fez as delícias dos adultos e do macaquinho!

Vão precisar de:
  • Cebola
  • Alho
  • Louro
  • 1/2 courgette
  • Abóbora Manteiga (usei a olho a mesma quantidade que de courgette)
  • Ervilhas (quantidade a olho também)
  • 1/2 tomate maduro
  • 2 ovos
          Fiz assim:
  • Fiz um refogado com uma cebola pequena, alho e uma folha de louro,
  • Cortei aos cubos e adicionei meio tomate maduro e 50ml de água. Deixei cozinhar em lume muito baixinho 3 minutos,


  • Adicionei a abóbora, a courgette e as ervilhas, e deixei estudar 10/15 minutos
  • Abri dois buracos nos legumes, e abri os ovos. Coloquei o lume no mínimo, e deixei os ovos cozinhar, com a frigideira tapada.




Ficou tããão bom! E ainda foi na marmita para a creche! 
Viva a comida desta selva! 🐒

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Os bebés e as mudanças

Quando o Dinis entrou para a creche eu sofri um bocado. Sou uma pessoa que sofre muito por antecipação, e nunca, nunca, nunca tinha estado longe dele. Foram 4 meses e meio sempre com ele ao colo, pendurado no meu peito, a falar com voz de bebé e a sobre-desenvolver os músculos do braço esquerdo a segurá-lo, enquanto arrumava, lavava, executava 30 mil tarefas sobre-humanas com o braço direito.

Mas ele lá foi. E aos poucos fui-me habituando à ideia de serem outros braços a dar-lhe colo, a levar a colher à boca, outras mãos a mudar-lhe a fralda, outro colo a consola-lo, na minha necessária ausência.

E a creche onde o Dinis está é maravilhosa! Gosto tanto das pessoas que estão com ele! Adoro ir busca-lo e encontra-lo feliz! Adoro que ele queira transitar entre o meu colo e o da auxiliar, enquanto ela me conta o dia dele. E adoro - adoro - o entusiasmo com que me contam o que ele fez durante o dia, as gracinhas, as fitas, as novidades! Sempre saí de lá feliz e satisfeita.

E agora o Dinis vai sair do berçário. Tem 15 meses e ainda não anda, mas é o mais velho do berçário, há bebés pequeninos a chegar, assim como se espera que a convivência com meninos que andem o possa estimular a querer fazer o mesmo. Quando cheguei e a auxiliar me disse "mãe, tenho que falar consigo. o Dinis vai fazer adaptação à sala verde!" eu fiz a minha melhor poker face. Fiz um sorriso, disse que era tudo normal, mas no fundo estava a agarrá-lo com um bocadinho mais de força. Oh diabo... como ousam dizer que o meu menino já não é um bebé? Não, não, há aqui algum engano!

O meu primeiro instinto foi fugir, vir para casa, espetar-lhe uma chupeta, encaixá-lo na alcofa embrulhado numa manta e pronto, estava o assunto arrumado. Mas a vida é mesmo assim, não pára, tem o seu ritmo normal, e acabei por aceitar a transição com alguma naturalidade. Não estava ansiosa, estava entusiasmada por ele ir conviver com meninos de idade mais próxima, ser estimulado de forma diferente!

Até que um dia me atrasei, e fui busca-lo um pouco mais tarde. Já havia poucos meninos na creche, e estavam a juntá-los a todos na mesma salinha - a sala verde, para onde o Dinis há-de ir. E ele estava num pranto, numa gritaria.. Recusou-se a entrar lá, mesmo ao meu colo. E isto aconteceu dois dias seguidos. Chorava, gritava, esperneava. Fiquei muito apreensiva. Ele está tão apegado às meninas do berçário, ao mimo, à atenção. Os bebés novos a chegar e a precisar de atenção e dedicação... penso que ele sentiu muito! Além disso, sendo o único menino que não anda, achei que poderia sentir-se intimidado com tanta agitação e correria. Pedi que na 2ª feira (hoje), em vez de o levarem para o berçário e depois para a sala verde, o levassem logo para a sala verde. De manhã, quando ainda está tudo mais calmo, e a agitação aumenta gradualmente.

Não sei se foi isso ou não, mas hoje liguei para lá a meio da manhã, e o Dinis estava na sala verde a brincar muito satisfeito. Almoçou no refeitório com os outros meninos, e voltou ao berçario para dormir a sestinha! Chegou a casa, e deu uns passitos sozinho!

Fosse o que fosse, passou, e o meu macaquinho lá se está a adaptar, e mais uma fase do crescimento está quase ultrapassada. As mudanças são tão difíceis para nós que as conseguimos compreender, quanto mais para um bebé de 15 meses! Algo o incomodou. Algo que hoje não teve a mesma importância e impacto, ou que ele lá arranjou forma de contornar. E cada vez mais compreendo que não podemos stressar, não podemos ficar ansiosos, ou até desejar que o tempo passe! Eles têm mesmo o tempo deles.

"Nunca mais se senta!"
"Nunca mais gatinha"
"Não diz nada!"
"Não quer comer a sopa"
"Estou ansiosa que ande!"

O tempo passa. As coisas passam, todas passam!

E no meio disto tudo, Ana e Laura, vamos sentir a vossa falta!! Eu sei que o Dinis vai, mas eu também. Nunca ninguém se vai entusiasmar tanto quanto vocês. Mil obrigadas! <3

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Leite e Farinha de Côco

Leite e Farinha de cocô!

Sempre fui uma grande consumidora de leite. Durante anos, se por algum motivo não bebia o meu leitinho com café de manhã, parecia que o dia nem me corria bem.

No entanto, depois de ser mãe e amamentar o Dinis, desenvolvi uma certa aversão ao leite de vaca. Não por já não gostar, nada disso. Mas começou a pesar-me muito na consciencia! Eu, enquanto mãe, produzo o leite de acordo com as necessidades nutricionais do meu filho. O mesmo acontece com uma vaca leiteira. No entanto, eu não tenho as necessidades nutricionais de um bezerro! Já para não falar na quantidade de hormonas a que as vaquinhas são sujeitas para a produção de leite. O facto de serem obrigadas a ter os bezerros, sem poderem sequer amamentar. Enfim, vamos chamar-lhe solidariedade materna. Beber leite de vaca começou a não parecer certo, do ponto de vista moral!

Comecei então a testar as bebidas vegetais. Tenho intercalado entre amêndoa e côco, e confesso que apesar de ter estranhado no início, agora adoro! A bebida de amêndoa costumo comprar de uma marca especifica, sem adição de açúcar. No entanto, tenho bebido mais o leite vegetal de côco, que faço em casa, por vários motivos:

a) sai mais económico. As bebidas vegetais custam o preço simbólico de um rim no marcado negro;
b) não tem corantes, conservantes, nem adição de açúcar?
c) aproveito a polpa do côco que sobra para fazer farinha de côco, que uso nos bolos e nas bolachinhas que faço para o Dinis!
d) é mesmo mesmo fácil, para quem tenha um robot de cozinha.

Cá vão as receitas!

Leite de côco

Ingredientes:

200g de côco ralado sem adição de açucar
1,6L de água

1 - Colocar o côco ralado e a água no robot de cozinha e programar 100graus, velocidade mínima, 20 minutos.
2 - Após os 20 minutos, triturar na velocidade máxima, durante 3 minutos;
3 - Coar para uma garrafa.



Uso este leite de côco tanto em cozinhados como para beber com café de manhã e adoro, nem ponho açúcar! Como não tem conservantes, faço sempre metade da quantidade (100g de côco para 800ml de água) para garantir que não se estraga antes de consumir todo. Podem usar côco fresco (a quantidade de água a colocar é até tapar o côco). No entanto, eu não sei escolher côco fresco, e o côco ralado está sempre disponível no supermercado!


Farinha de Côco

1 - Colocar a polpa de cocô que sobra após coar o leite de côco numa frigideira antiaderente e deixar secar bem até dourar.
2 - Colocar no robot de cozinha e pulverizar o máximo possível!

Têm uma farinha óptima, sem glutén e baixa em hidratos de carbono, que podem utilizar em panquecas, bolos e bolinhos, pão low carb e por aí fora!



Bons cozinhados!

sábado, 22 de outubro de 2016

O grande dia!

Acordámos no domingo, dia 7 de Agosto, calmos, tranquilos e felizes! Acima de tudo, era o aniversário do nosso macaquinho. Um ano, 365 dias de felicidade, aprendizagem, momentos que levaremos para toda a vida. Aprendemos tanto neste ano! Costumo dizer que quando o Dinis nasceu, ainda que me tenha tornado mãe, eu não fui logo mãe. Continuava a ser eu, mas agora com um bebé nos braços e um amor tão grande que eu nem sabia o que fazer com ele! Adorava reviver o meu parto, e os primeiros meses de vida dele, mas com a confiança que entretanto ganhei enquanto mãe do Dinis. É incrível, como continuamos a improvisar nisto de sermos mãe e pai, mas ao mesmo tempo ganhámos toda uma confiança, por conhecermos o nosso filho. E sei que a nossa vontade de fazer tudo bem, só pode significar que estamos certos. Ainda que a improvisar diariamente!

Ele acordou bem disposto, como costume. Veio para a nossa cama, brincou, viu bonecos! Fomos almoçar com os avós, bisavós e madrinha para que conseguíssemos passar algum tempo a celebrar em família, sem a confusão da festa da tarde.

Saímos de lá, deitei o Dinis para a sesta, e fui à maquilhagem que tinha marcada, enquanto a avó e bisavó produziam um catering para 300 pessoas, um exército, e um jantar informal na Casa Branca. Cheguei à perfumaria, de calções e chinelos, sentei-me na cadeira, e a rapariga perguntou que tipo de maquilhagem eu queria.

"-Algo que fique bem nas fotos, é que vou casar." - disse eu com tranquilidade.

Silêncio. Pânico. Rejubilo. Quando dei por mim tinha 5 funcionárias da loja à minha volta, com sugestões, super entusiasmadas e a fazer-me mooontes de perguntas sobre a boda (detesto esta palavra!). Foi aqui, e só aqui, que me caíu a ficha, e comecei a sentir que isto ia mesmo acontecer. Eu ia mesmo casar!

Depois de sair de lá, foi tudo a correr! Vir pra casa, vestir-me, preparar as últimas coisas! Deixei o Dinis dormir até ao último minuto, para aguentar a festinha toda. Atrasámo-nos, claro. O stress, colocar coisas no carro. Familiares perdidos, que vinham de longe a telefonar. Metade da família atrasada. Quando lá chegámos, já havia malta à porta.

Entrámos e foi tudo a correr. Montámos as mesas, pusemos as decorações. A malta da fun& tão entusiasmados e nervosos quanto nós! Dei-lhes uma caixa para a mão, que continha o meu bouquet e pétalas de rosa, para os convidados atirarem no fim da cerimónia. Eles mostraram-me onde estava o vestido escondido. Eu uma pilha de nervos, a ouvir as vozes de toda a gente muuuuito longe a perguntar "Mas porque é que estás tão nervosa?!" Ai ai...

A senhora da conservatória chegou, e foi como uma dança coreografada. Eu fui trocar de roupa, enquanto o Pedro, com o Dinis ao colo, reuniu os convidados todos cá fora. Disse que queriamos agradecer a presença de todos neste dia tão especial, e que tinhamos uma surpresa preparada para todos. E então..... Então a musica que escolhermos começou a tocar!

O Pedro ficou a dançar, com o Dinis ao colo, enquanto a equipa da Fun& montava o "altar" e eu saí no momento estratégico que tinhamos combinado, de vestido branco e bouquet. As caras que nos rodeavam são inesquecíveis! Algumas de choque, outras de interrogação... até que eu disse "Vamos casar!!!"

E foi lindo! Recebemos tantos abraços, vi tantas lágrimas de alegria, vi tantas pessoas genuinamente felizes por nós, que tive a certeza absoluta de que foi o melhor casamento que eu poderia ter programado! Foi um momento tão expontâneo, tão feliz... com tanto amor à nossa volta. Foi o casamento perfeito.











































Foi um dia épico!